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14/07/2016

O Espírito da Escuridão - Parte 2



Só continue se você já leu O Espírito da Escuridão - Parte 1


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A entrada para o porão

É uma escada sem iluminação

As teias são enormes

Todas uniformes

Sinto um cheiro forte

De carniça no ar

Dos que não tiveram sorte

Naquele lugar

O vento sopra intensamente

Batendo a porta à minha frente

Um mal agouro afinal

Algo me dando um sinal

Para não descer pela escada

E encerrar minha jornada


Tenho apenas 20 anos

Muito jovem para morrer

Nunca esteve em meus planos

Não ter pra onde correr


Desço a escada com atenção

E com o coração na mão

Sou encoberto pela escuridão

Que me desafia com gelidão

Ouço barulho de pancadas na parede

E um gemido lá no fundo



Ligo a lanterna num segundo

Levo um susto profundo

A aranha gigantesca

Saboreava sua cesta

Sua vítima ainda agonizando

Enquanto a aranha se alimentando

Das tripas que ia arrancando

Era uma menina de 7 anos de idade

Teve a vida interrompida por maldade

A aranha não sente compaixão

Manda qualquer um pro caixão


A menina clama por ajuda

Com sua voz ainda aguda

Mas enfraquecida pelo tempo

Em que esteve sofrendo

Aproveito que a aranha está distraída

Pego uma barra de ferro e em seguida

Acerto as costas da aranha

Sua pele é dura como pedra

Nem furando ela quebra

Ela se vira rapidamente

E lança sua teia envolvente


Parecia algodão resistente

Que gruda firmemente

Tirei meu casaco para conseguir escapar

Enquanto ela vinha me pegar

Seu ferrão de 1 metro tentou me acertar

Mas consegui esquivar

Acertou sem querer a parede de cimento

E ficou presa por um tempo

Era minha chance de revidar

Antes que conseguisse se soltar

Peguei uma espada afiada

Próximo de uma estátua enferrujada


Em suas patas mirei

E fortemente acertei

A aranha soltou o ferrão finalmente

Mas não pôde se mover como antigamente

Suas patas estavam cortadas

Devido as espadadas

Que acertei rapidamente


A aranha tentou novamente

Me acertar com sua teia

E me fazer de ceia

Esquivo com dificuldade

E me vingo da maldade

Miro a espada com atenção

Para dar o golpe de misericórdia

Quando algo segura minha mão

Era o espírito da escuridão

Veio me levar para o caixão

Tentei me soltar

Mas foi inútil

Não consegui acertar

O fantasmas que devagar

Me arrastava para a escada

Seu olhar era sinistro

Pior que seu sorriso

Antes de me arrastar

Para fora do porão

Peguei minha lanterna devagar

E mirei com atenção

Na cara do espírito da escuridão

Que não aguentou a iluminação

Em seu olhar de perdição

O rosto virou e me soltou

Rapidamente fui andando

E o porão observando

A menina agonizando

Apontou o dedo e chorando

Me indicou a direção

Da tampa do caixão

Corri para pegar

E deixei a lanterna escapar

Quando consegui recuperar

O espírito estava com a mão

No rosto da menina sem ação

Com uma faca cega

Que encontrou naquele lugar

Começou a cortar

Os olhos dela devagar

Ela gritava loucamente

Enquanto o espírito sorridente

A torturava com satisfação


Peguei a tampa do caixão

Me preparei para correr

Mas foi difícil escolher

O caminho à percorrer

De um lado o espírito da escuridão

Do outro a aranha deitada no chão

Sem tempo para pensar

Por cima da aranha resolvi pular

Suas teias conseguiu me acertar

Fiquei preso no chão

Enquanto o espírito da escuridão

Vinha lentamente em minha direção

Com os olhos da menina na mão

E um olhar de satisfação

Quando minha barriga ia abrir

Um clarão na escada começou a surgir

Era a garota misteriosa

Com uma lanterna na mão

Uma surpresa gostosa

Surgia então

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Veja também:


Segredos De Uma
Antiga Civilização
Batalha
Espiritual
Em Meio A
Lágrimas

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